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quinta-feira, 24 de março de 2011

Denúncias esquentam clima da política do Distrito Federal

Primeiro o Ministério Público conclui investigações que aponta negócios ilícitos da família Roriz. Além disso, na Câmara Legislativa mais acusações envolvendo outros parlamentares.

A legislatura começou há apenas três meses, mas o corregedor da Câmara Legislativa já está cheio de trabalho. Só essa semana, dois pedidos de investigação que tem rendido troca de farpas em plenário. 

De um lado, o deputado Chico Vigilante (PT) - alvo de um pedido de investigação feito por um morador da Ceilândia, que questionava as doações de campanha. “As pessoas em vez de defender do que estão sendo acusadas, vem querer puxar o outro para a lama? É assim que se age? Comigo não cola não”, disse. 

O recado foi para a deputada Celina Leão, do PMN. Ela foi denunciada pelo próprio Chico Vigilante por suspeita de envolvimento num suposto esquema de desvio de dinheiro na administração de Samambaia e de nepotismo na época em que era chefe de gabinete de Jaqueline Roriz – hoje deputada federal do PMN. 

“Se existe uma quadrilha, deputado Chico Vigilante, não é só o senhor que quer apuração. Não existe paladino da moralidade sozinho aqui nessa casa”, disse a deputada Celina Leão. 

As duas representações estão na procuradoria da Câmara Legislativa. No caso de Celina, a presidência da Casa também espera informações do Ministério Público para decidir como vai tratar o caso. Em meio a isso, surge um novo fato, envolvendo mais uma parlamentar: Liliane Roriz, do PRTB. 

De acordo com o MP, a deputada, por meio da filha, teria recebido, de uma construtora, dois apartamentos em Águas Claras - em troca da liberação de empréstimo no BRB, quando o pai, Joaquim Roriz era governador. “Eu não tenho imóvel neste edifício. Vou mostrar a minha declaração de Imposto de Renda e da minha filha”, disse Liliane . 

Numa gravação feita em abril de 2007, pouco antes da Operação Aquarela investigar os desvios do BRB, promotores flagraram uma conversa entre o ex-presidente do banco Tarcísio Franklin de Moura e o gerente de crédito Antônio Cardoso de Oliveira, o Toninho. No trecho, segundo o Ministério Público, eles estariam discutindo a obtenção de "vantagens ilícitas" para renegociar o empréstimo da construtora. 

Tarcísio: E tem alguma coisa? 
Toninho: Oi, eu vou... 
Tarcísio: Vai ter alguma coisa? 
Toninho: É. Eu vou resolver, ver se eu vou resolver... tem uns detalhes aqui... negócios de honorários vai ser (...) er, conversado diretamente com o... honorários advocatícios serão negociados diretamente com o advogado. 
Tarcísio: Tá bom. 
Toninho: E aí eu vou direitinho isso aqui. 
Tarcísio: É porque a gente tá fazendo uma coisa... 
Toninho: Tá certo. 
Tarcísio: Né?
fonte:DFTV

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